Jonathan Colbert – EUA
Unidade e solidariedade – Esperança e Responsabilidade
“A união sempre aumenta a força: e como o Ocultismo, nos nossos dias, assemelha-se a uma “causa perdida”, a união e a cooperação são indispensáveis. A união, na verdade, implica a concentração de força vital e magnética contra as correntes hostis do preconceito e do fanatismo.”
Mahatma K.H, As Cartas dos Mahatmas para A.P. Sinnett, vol. I, carta nº15, p.105
Existem três razões principais para os teosofistas serem unidos: para refletir a fraternidade desde os planos superiores aos inferiores; para ultrapassar o status quo e a nossa responsabilidade para com o futuro.
É-nos dito na Teosofia que existe uma grande fraternidade de Bodhisattvas, responsável pela proteção e ensino da humanidade. Já foram homens e mulheres como nós, mas evoluíram em ciclos anteriores até chegarem a graus muito altos de consciência exaltada e conduta cheia de virtude. Existem num campo de insondável unidade; os seus corações e as suas mentes harmonizaram-se com a Grande Lei, uns com os outros e com toda a humanidade. Disseram-nos que se quisermos conhecê-los, há que estudar a sua filosofia e se desejarmos servi-los, que sirvamos a humanidade.
Ciclicamente, eles trabalham através de adeptos mensageiros. A sua influência está sempre disponível, dependendo do elevar da nossa consciência individual ao nível da deles – e da capacidade que coletivamente tenhamos de espelhar a sua profunda unidade através da nossa unidade aqui neste plano.
Como teosofistas, não trabalhamos para uma organização definida, mas ao invés, como disse W.Q. Judge, para elevar o manas e o buddhi de toda a humanidade. Existem forças de egoísmo, do status quo, que não têm interesse algum no elevar da consciência da humanidade. Eles ficam satisfeitos com o facto de a ciência permanecer materialista, da religião permanecer supersticiosa; com as guerras, pobreza, com cada homem receando o seu semelhante. Não têm qualquer interesse que a Teosofia – com os seus ensinamentos de unidade e solidariedade, de esperança e responsabilidade – entre em cena. Mas isto não significa que tenhamos de acompanhar isso. Através da nossa unidade como teosofistas, podemos enfrentar os poderes instalados. A órbita do sagrado é revolucionária – especialmente se permanecermos unidos.
Gandhi viu uma ligação íntima entre a liberdade e a solidariedade. Desde que existam os com casta e os sem casta, disse ele, a Índia não merece ser livre. Ele conseguiu a liberdade para o seu país ao unir o seu povo em solidariedade. Uma manifestação desta ideia hoje em dia seria a nossa responsabilidade para com a próxima geração de potenciais teosofistas. Se a geração do século XXI é reticente para ir a reuniões, cansada de convencionalismos e tradições, parece que caberia a nós ultrapassar os nossos feudos dos séculos XIX e XX.
Independentemente de filiações devemos constituir uma frente unificada de trabalhadores. Não existindo unidade constitucional podemos praticar a unidade em espírito. Podemos ser amigos de membros de organizações teosóficas que não as nossas. Nas nossas publicações, encontros e conferências, podemos anunciar eventos nas outras organizações, bem como promover Conferências Teosóficas anuais e revistas online como a International Theosophy Magazine e a Theosophy Forward. Quando reconhecermos as contribuições, vitalidade e integridade dos outros grupos, concluímos que ter unidade não é apenas algo que se faz para soar bem. Ao conhecer novos teosofistas, ganhamos a perspetiva para apreciar a outra tradição - e também a nossa.
Link to English version:
http://www.theosophyforward.com/theosophy/our-unity-series/1145-our-unity-series-hope-and-responsibility