Barend Voorham – Holanda
Tudo começa com um ideal. O idealismo pertence à parte búddhica da nossa consciência. Buddhi dá-nos uma visão da Verdade. E a Verdade é que na essência do nosso ser estamos unidos. É uma ilusão, mâyâ, acreditar que estamos separados uns dos outros. Os estudantes de Teosofia deveriam sabê-lo.
Isto não significa que sejamos todos iguais. Nem mesmo duas folhas de uma árvore são exatamente iguais. É por isso muito natural que tenhamos visões distintas da Unidade de todos os seres. Todos nós desenvolvemos as nossas capacidades de forma individual.
Deveríamos usar as nossas capacidades para construir um ideal do movimento teosófico mais perfeito que cada um de nós possa imaginar. Vejamo-lo com o nosso olho espiritual. Um movimento forte, internacional e universal de homens e mulheres de boa vontade trabalhando para o benefício de todos os seres. Constituem efetivamente um núcleo de Fraternidade Universal. Graças aos ensinamentos teosóficos, são uma autoridade para todos aqueles que buscam por luz. Têm uma forte influência na ciência, na filosofia, na religião e em toda a sociedade em geral.
Existe uma troca de ideias aberta e livre entre os trabalhadores teosóficos. Um teosofista respeita as opiniões e convicções honestas dos demais e dá a sua opinião como um contributo para atingir uma Verdade mais ampla. Deste modo ajudamo-nos mutuamente a melhor compreender a Teosofia.
Cada teosofista deve construir este ideal. Se o alimentarmos suficientemente, meditarmos nele, a certa altura tornar-nos-emos nele. Nós somos os nossos próprios ideais. Somos aquilo que sabemos que devemos ser. O Mahatma Gandhi dizia que o homem tem duas janelas para a sua mente: através de uma ele pode ver a si próprio tal como é; através da outra, o que deveria ser. Devemos ver-nos como colaboradores compassivos do movimento teosófico.
Os pensamentos precedem os atos. Quando este ideal for uma parte integrante da nossa consciência irá influenciar todas as nossas ações, não apenas aquelas que dizem respeito ao movimento teosófico, mas também as relacionadas com tudo aquilo que fazemos.
Não há dificuldade que não possamos vencer quando este ideal búddhico é a força motriz nas nossas vidas. Temos pois que falar aberta e sinceramente com os nossos companheiros teosofistas – quer pertençam ou não a outras organizações – sobre as diferenças de perspetiva, as diferenças no método e especialmente sobre como podemos colocar a Teosofia no seu lugar de direito no mundo.
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http://www.theosophyforward.com/our-unity-series/our-unity-series-it-all-starts-with-an-ideal