Sobre novas iniciativas, mudanças, substituições e crescimento adicional

Jan Nicolaas Kind – Brasil

 

The Society Editorial 2

 

Novas iniciativas são sempre bem-vindas porque novos desafios oferecem a possibilidade de ir mais fundo, de investigar e de renovar. Nem tudo aquilo que arranca como “algo novo” irá em última instância acabar por ter sucesso, muitas vezes é exatamente ao contrário, mas devemos sempre tentar e perseguir a renovação e a inovação. Em maio último, quando a cobertura do Adyar Theater colapsou, foi um enorme revés, não apenas para a equipa liderada pelo Presidente Internacional Tim Boyd, mas também para todos os membros. Ao mesmo tempo, este infeliz incidente também ofereceu novas possibilidades de trabalhar mais e de fazer melhor, para o qual (e isto é óbvio) coragem plena é necessária. 

Uma união de todos os que amam, ao serviço a todos os que sofrem

Nancy Secrest-EUA

Theosophy Nancy Secrest 2
Compaixão – Não existe “o outro” neste mundo; somos todos um

Quando falei com Joy Mills há alguns anos, dizia ela que o foco da nossa existência como seres humanos é a autorrealização – descobrir quem nós realmente somos. É isso que é suposto fazermos aqui. Isto, disse ela, é o ponto central de As Cartas dos Mahatmas.

À medida que avançamos no caminho da autorrealização, acabamos por despertar ou pelo menos ficar conscientes da nossa natureza búdica. Com este despertar ou consciência, a compaixão baseada num sentido de responsabilidade para com todos os seres torna-se numa força condutora das nossas vidas e agimos como os bodhisattvas, por e pelo bem de todos. Em Teosofia, o termo “bodhisattva” é utilizado para se referir a um indivíduo que atingiu a iluminação e que pode passar para além da “roda do renascimento”, mas que decide reencarnar para o bem de todos.” (Theosophical Encyclopedia, p.110, TPH, Filipinas, 2006). Por outras palavras, um bodhisattva sacrifica a sua recompensa de transição para o nirvana para ajudar outros seres sencientes até todos atingirem a iluminação.

Mini entrevista – Michele Sender

The Society MI 8 Michele Sender

1. Qual é o seu nome, de onde é, e há quanto tempo é membro da ST?

Michele Sender, sou da área de Chicago e membro da ST desde 2006. Pouco tempo depois, com os meus três filhos, mudei-me para as instalações da Sede Nacional da ST nos EUA, em Wheaton, Illinois e iniciei trabalho como voluntária na receção. Nos sete anos seguintes, trabalhei no Departamento de Informação e de Voluntariado; a tempo parcial na Biblioteca; na Secção dos Associados e na Livraria; e na minha tarefa favorita – cozinhando com amor na cozinha de Olcott.

Mini entrevista – Katherine Lucille Blalack

The Society MI 10 Kate Blalack

1. Qual é o seu nome, de onde é, e há quanto tempo é membro da ST?

O meu nome é Katherine (Kate) Lucille Blalack. Vivo em Tulsa, Oklahoma, nos EUA. Sou originalmente da área de Chicago, no Illinois. Tornei-me membro da Sociedade Teosófica, há cerca de seis anos. Devido a algumas circunstâncias da minha vida, tive que interromper os meus estudos formais, mas voltei a eles na passada primavera. Neste ponto da minha vida estou completamente comprometida com a Teosofia e encontrei um lar no caminho da vida.

Os Mahatmas

Ali Ritsema – Países Baixos

[Este artigo surgiu em holandês, sendo parte de uma brochura publicada pela Secção Holandesa da Sociedade Teosófica de Adyar intitulado Theosofie, eeuwige wijsheid voor deze tijd. Esta publicação tinha como primeiro objetivo ser uma introdução à Teosofia.]

Theosophy Theosophy The Mahatmas 2 Ali Ritsema

Na fundação e história da Sociedade Teosófica (ST) os Mahatmas desempenharam um papel importante. Foram a força realmente inspiradora do nascimento da ST. Os Mahatmas têm conhecimento do processo evolutivo do Universo e das Leis da Natureza e portanto estimulam todos os movimentos destinados a ajudar o progresso do mundo no sentido espiritual. A intenção de dar início à fundação da ST era e ainda é, assistir a humanidade mostrando que “existe tal coisa como a Teosofia para ajudar os homens a ascender a ela pelo estudo e assimilação das suas verdades eternas”. (A Chave para a Teosofia, capítulo IV). Os Mahatmas enfatizam várias vezes a importância e a prática de uma verdadeira Fraternidade Universal da Humanidade. Diz-se que são membros da Fraternidade Branca interna, também chamada de Loja Branca.

Mini entrevista - José Manuel Anacleto

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1. Qual é o seu nome, de onde é, e há quanto tempo é membro da ST?

O meu nome é José Manuel Anacleto, sou de Lisboa, Portugal, embora realmente me considere um cidadão do mundo. Comecei a estudar Teosofia em 1979 com um grupo de amigos, por isso não senti o impulso de me associar a uma organização teosófica, mesmo na altura em que frequentávamos a Sociedade Teosófica (de Adyar) em Portugal. Mais tarde (em 1988) fui um dos fundadores de uma instituição, o Centro Lusitano de Unificação Cultural-CLUC (que ainda hoje está ativo, sendo gerido por mim), e embora não seja estritamente uma organização teosófica, tem a Teosofia como referência central. Através do CLUC, publicamos vários livros e a revista Biosofia (www.biosofia.net). Dou seminários e cursos e organizo outras atividades (p. ex. práticas de meditação) que são em grande medida teosóficas ou em geral ligadas à Filosofia Esotérica. Em 2001 tornei-me membro da Secção Portuguesa da Sociedade Teosófica de Adyar, basicamente para dar o meu contributo. Fui membro ativo durante 2 ou 3 anos, mas interrompi essa ligação por várias razões. Algum tempo depois (em 2006) associei-me à Loja Unida de Teosofistas.

Quem sou eu?

Paul Zwollo – Países Baixos

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Paul Zwollo

Por cima da entrada do Templo de Delfos na Grécia Antiga estava escrito: “Homem conhece–te a ti mesmo”. No interior estavam inscritas as seguintes palavras: “E ao conheceres a ti mesmo, conhecerás o mundo.” Conhecer a si mesmo vem em primeiro lugar. Conhecer o mundo é secundário. Não é a tendência atual exatamente a inversa? A educação e a ciência estão essencialmente direcionadas para o conhecimento do mundo exterior até ao mais ínfimo pormenor.

Vastas quantias de dinheiro são gastas nisso, e as nações, os grupos e os indivíduos competem por isso. Faz-me lembrar o verso de uma história de encantar: “Espelho, espelho meu, haverá alguém mais formoso, rico e esperto do que eu?” Assim, a competição é tida como a chave para o progresso. E progresso significa apenas carros maiores, mais luxos, mais férias por ano, etc…

É verdade que não podemos ignorar o mundo e nos voltarmos para nós próprios esperando uma realização pessoal, enquanto permanecemos indiferentes ao sofrimento da humanidade. A nossa reencarnação neste mundo é um facto. Não podemos ignorar a nossa responsabilidade.