A pessoa espiritual: o álcool liberta “a besta dentro de nós”.

Muitas vezes, as descobertas científicas refletem as expetativas dos cientistas e do público. Por vezes, ficam lá perto. Noutras vezes, os resultados da investigação simplesmente surpreendem toda a gente.

O caso em apreço é a investigação recente do professor Peter R. Giancola do Departamento de Psicologia da Faculdade das Artes e Ciências da Universidade do Kentucky. Ele e o seu antigo aluno de pós-graduação Aaron Duke encontraram uma inesperada relação entre as crenças espirituais, violência e consumo de álcool.

“De forma muito simplista – em muitos casos quanto mais religiosa uma pessoa é, mais agressiva ela se tornará depois de beber álcool “, disse Giancola.

O investigador definiu pessoa religiosa como alguém que “encontra sentido no sagrado”, independentemente da doutrina que segue.

Série A Nossa Unidade – A Nossa Unidade Reside na Nossa Busca pela Verdade

Ali Ritsema – Holanda

Buscar a verdade é a missão de cada teosofista, diz H. P. Blavatsky. É a busca pela verdade que devem ter (ou deveriam ter) em comum todos os estudantes de Teosofia e é nesta busca que reside a nossa Unidade.

Tal como expresso no símbolo da Sociedade Teosófica: Satyan Nasti paro Dharma, “A Verdade está além de quaisquer ensinamentos/religiões.”

“Embora não exista qualquer verdade absoluta sobre tema algum, num mundo tão finito e condicionado como é do próprio ser humano, existem verdades relativas e temos que extrair o maior proveito delas”, escreveu H. P. B.. O mais importante para a nossa busca é preparar a nossa mente porque a Verdade universal só pode ser refletida pela nossa consciência espiritual e não pode ser encontrada dentro das nossas capacidades cerebrais. A nossa consciência espiritual é a mente manásica iluminada pela luz de Buddhi, o nosso verdadeiro Eu.

Série A Nossa Unidade – ... Tudo Começa com um Ideal

Barend Voorham – Holanda

Tudo começa com um ideal. O idealismo pertence à parte búddhica da nossa consciência. Buddhi dá-nos uma visão da Verdade. E a Verdade é que na essência do nosso ser estamos unidos. É uma ilusão, mâyâ, acreditar que estamos separados uns dos outros. Os estudantes de Teosofia deveriam sabê-lo.

Isto não significa que sejamos todos iguais. Nem mesmo duas folhas de uma árvore são exatamente iguais. É por isso muito natural que tenhamos visões distintas da Unidade de todos os seres. Todos nós desenvolvemos as nossas capacidades de forma individual.

Semelhanças e Diferenças nas Tradições Teosóficas

Jim Colbert- EUA
[Este ensaio foi publicado pela primeira vez no número de primavera de 2014 da International Theosophy Magazine. É reproduzido aqui após uma ligeira revisão.]

Introdução:

O artigo que está prestes a ler não pretende abordar com profundidade e abrangência todas as tradições teosóficas. Tem como objetivo providenciar uma plataforma para comparação e compreensão. É dito por alguns que o ato de reconhecer as semelhanças e diferenças entre as tradições pode ajudar-nos a ganhar uma compreensão mais sólida da nossa própria tradição. É nossa esperança que isto irá gerar comentários de todas as tradições com desacordos e concordâncias. Neste trabalho será dada saliência à Sociedade Teosófica de Point Loma, à Sociedade Teosófica de Adyar e à Loja Unida de Teosofistas. Estamos cientes de que existe uma tradição relevante associada à Sociedade Teosófica de Pasadena. Embora possua uma extensa biblioteca teosófica, esta sociedade não parece estar motivada face à possibilidade de uma maior unidade teosófica neste momento.

Integrando Meditação e Ciência

A meditação consciente mindfulness produz experiências pessoais que não são fáceis de interpretar pelos cientistas que querem estudar os seus benefícios psiquiátricos no cérebro. Numa conferência realizada perto de Boston a 5 de abril de 2014, investigadores da Brown University descreveram como foram capazes de integrar a experiência de mindfulness com dados objetivos de neurociência de modo a levar a cabo um estudo mais rigoroso.

mindfulness é sempre pessoal e muitas vezes espiritual, mas a experiência da meditação não tem que ser subjetiva. Avanços na metodologia estão a permitir que os investigadores integrem as experiências de mindfulness com representações ou imagens do cérebro e dados de sinais neurais, para formar hipóteses verificáveis sobre a ciência e os benefícios para a saúde mental que derivam da prática.

Uma equipa de investigadores da Brown University liderada por Juan Santoyo apresentou a sua investigação no sábado, 5 de abril de 2014, na 12ª Conferência Científica Internacional Anual do Centro de Mindfulness da Escola de Medicina da Universidade de Massachussets. A sua metodologia emprega uma codificação estruturada dos relatos que os meditadores fornecem sobre as suas experiências mentais. É algo que pode ser correlacionado de forma rigorosa com medições quantitativas neurofisiológicas.

À Luz da Teosofia – Os Olhos

[Este artigo apareceu na edição de dezembro de 2013 de The Theosophical Movement. Para mais artigos publicados nesta excelente revista sigam esta ligação: http://www.ultindia.org/previous_issues.html]

Os olhos são as janelas da alma, indicam o nosso eu verdadeiro. Os gurus da autoajuda encorajam-nos a olhar profundamente nos nossos próprios olhos. Mas olhar profundamente nos nossos olhos ou nos de outra pessoa pode ser uma experiência desconfortável porque nem todos nós estamos preparados para enfrentar as verdades reveladas, escreve Vinita Dawra Nangia. Os olhos revelam o estado emocional de uma pessoa num determinado momento. A autora escreve que às vezes os seus olhos revelam a presença de uma alma pacífica, noutras a de uma pessoa mais velha e cínica com um olhar cansado do mundo, ou uma pessoa jovem, cheia de entusiasmo. Ela escreve que era como ver uma nova pessoa cada vez que olhava ao espelho. Aquele que espreitasse pelos seus olhos em cada manhã dava uma indicação do que ela estava mesmo pensando e sentindo por detrás da máscara social.

Enciclopédia Teosófica

Radha Burnier

(O texto seguinte é baseado num artigo de Mary Anderson publicado na Theosophical Encyclopedia, editada por Philip S. Harris, Vicente R. Hao Chin, Jr., e Richard W. Brooks (Quezon, Filipinas: Theosophical Publishing House, 2006), aqui revisto por John Algeo para a Theosophy Forward.]

Radha Burnier (nascida Sri Ram) (1923-2013) foi a sétima Presidente Internacional da Sociedade Teosófica (Adyar). Radha Sri Ram nasceu a 15 de novembro de 1923, na propriedade da Sociedade Teosófica em Adyar, Madras (agora designada por Chennai), Índia, onde passou a sua infância. O seu pai, Nilakanta Sri Ram, um obreiro da Teosofia desde novo e colaborador de Annie Besant, foi o quinto Presidente Internacional da Sociedade. A sua mãe Srimati Bhagirathi também foi um membro ativo. A sua família pertencia à casta dos brâmanes, mas, como teosofistas, não observavam as regras de segregação prevalecentes na altura em relação às outras castas. Em 1951 ela casou com Raymond Burnier, um cidadão suíço e consequentemente tornou-se uma cidadã suíça.


Radha Burnier pensativa

Pertencendo a uma família teosófica, Radha cedo desenvolveu interesse em questões filosóficas e espirituais bem como um sentido de valores e preocupação pelos desfavorecidos. A sua infância passada na bela propriedade de Adyar fomentou um amor pela natureza e sensibilidade pelas suas belezas. Tendo conhecido durante a sua infância muitas pessoas de várias partes do mundo, promover harmonia e cooperação entre todos os povos foi, praticamente desde o início, um modo de vida para ela.